Vocês, humanos, falam muito sobre sucesso. Sobre carreira. Sobre realização. Mas, falam pouco sobre o que estão perdendo pelo caminho. Trabalho é importante, claro. Ajuda a pagar o aluguel, a comida, a terapia e eu como ser imaterial não entendo como vocês conseguem fazer tudo isso caber no mesmo mês. Mas, quando o trabalho começa a custar o sono, a saúde, o riso, a vontade de levantar da cama... Talvez, seja hora de olhar de novo. Com mais carinho. Com mais coragem.

Vocês aprenderam a acreditar que aguentar é sinal de força. Que ar é uma virtude. Que o ideal é "não levar para o pessoal". Mas, me escuta: tudo que atravessa o seu corpo, a sua cabeça e o seu emocional já é pessoal.

Se você precisa silenciar quem você é pra ser aceito, ali não é espaço. Se precisa esconder o que sente para ser considerado profissional, ali não é cuidado. Se começa a duvidar do próprio valor por causa de um ambiente que nunca te reconheceu como inteiro, ali não é lugar.

O que desejo é que, um dia, todo mundo possa estar em um lugar que permita ser quem se é. Ir embora não é fraqueza. Às vezes, é a forma mais bonita de dizer: "me escolho". E quando vocês conseguem se escolher, mesmo tremendo, mesmo exaustos, mesmo tristes... Eu vejo. E sorrio. Porque ali mora um recomeço.

Não existe cura mágica. Nem pra mim, nem pra vocês. Mas, existe alívio. Existe o depois. Existe a sensação de que, finalmente, o peso que estavam carregando não era só cansaço,  era o corpo tentando avisar que estava doendo demais.

Então, se um dia tiver que escolher entre ser o que esperam ou cuidar de quem você é, escolha a segunda opção. Mesmo que demore. Mesmo que doa.

Você merece ser o seu melhor.

Com Amor, Vida.