Panvel & Hoc, uma escolha de agência que respeitou a saúde de todos
Por Marcelo Pires, para Coletiva.net

A Panvel, uma grande marca, com presença no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, uma rede com 400 e tantas lojas, com incríveis e charmosos produtos próprios, uma rede moderna, com atendimento omnichannel, enfim, uma verdadeira lovebrand, acaba de trocar de agência e, surpresa, o mercado não sofreu com isso. Ninguém fez campanhas especulativas, poucas agências foram adas, noites não foram viradas, o processo foi tranquilo e, ouso dizer, elegante.
Meia-dúzia de boas agências foram adas, cada uma delas fez sua apresentação, contando a sua filosofia de trabalho e portfólio. Ninguém - veja só - simulou prazos estrangulados para "sentir a pegada da agência".
Em pouco menos de um mês, duas agências foram selecionadas como finalistas. E nem nesta fase foram solicitadas peças ou planos. Foram, isso sim, discutidas as características de cada uma das agências - e a escolha foi feita a partir disso.
A vencedora foi a HOC e - perguntem pra Lara (Piccoli) e pro Fábio (Bernardi) - ninguém virou noite pra conquistar uma contona bacana assim. Se não me engano, foram três reuniões online e uma presencial, com direito a máscaras, álcool-gel e distanciamento social.
Não cito as outras agências que participaram do processo para não expô-las: É melhor falar de quem ganhou, não de quem perdeu. Mas a agência que ficou em segundo lugar (eles sabem quem foi) também poderia ter sido a escolhida - assim como a HOC, deu um exemplo de competência e entusiasmo.
Concorrências cansativas, abusivas, são um velho costume do mercado publicitário. Alguns anunciantes, às vezes, fazem concorrência - chamando 10, 15 agências - só pra dar um sustinho na sua atual agência, ganhando espaço, assim, pra dar uma negociada na remuneração.
Vale ressaltar: não são todos os anunciantes que fazem isso, ok? Mas não são poucas as concorrências que, ao final, acabam sem mudança de agência (mas com mudança nas taxas).
Por outro lado, algumas agências usam uma super equipe na concorrência, que não é a super equipe que depois vai trabalhar na conta. Outro dado das concorrências: as agências acionam fornecedores, produtoras, fotógrafos, etc, prometendo trabalho futuro. E, quando o futuro chega, as agências vitoriosas raramente são fiéis aos fornecedores acionados, preferindo se alinhar com as necessidades de orçamento do seu novo cliente. Ou seja, concorrências causam uma verdadeira indústria de fakejobs.
Assim, quando a gente presencia um processo como foi este da Panvel, um processo que cuidou do bem-estar dos envolvidos, vale registrar - como estou fazendo neste artigo.
Agora, então, é hora de agradecer tudo que a W3Haus fez nos últimos anos para a Panvel. E dar boas-vindas à HOC - que chega descansada, cheia de energia para brilhar.
Um P.S. importante: a Panvel também é atendida pela Cadastra, empresa especializada em performance - dados e tecnologia. A Cadastra foi escolhida antes deste processo que mencionei - mas ela agora, por todos os seus méritos, ganhou mais espaço no digital da conta. Assim, vale a lembrança - HOC e Cadastra, unidas, inauguram um novo período Panvel.
Marcelo Pires, da Ideia da Silva, é assessor criativo da Panvel.