A publicidade é a taxa que marcas pagam por não serem lembradas
Por Maicon Dias, para Coletiva.net

Muitos gestores de negócio se questionam sobre a necessidade de investir em publicidade, sobre fazer mídia em canais online e offline, sobre o porquê gerar conteúdo proprietário. Até frases como "aquela marca não gasta um centavo em publicidade e vende!", ou "produto bom se vende sozinho", são profetizadas em mesas de reuniões e nos questionam o real motivo de investir em publicidade.
Não é bem assim que funciona o jogo. Se isso fosse verdade, a Amazon não teria se tornado o maior anunciante que o mundo já viu, chegando a incríveis U$16,9 bilhões em publicidade em 2021. Sua estratégia busca crescer no mercado, pois mesmo tendo 41% de participação, entende que tem os outros 59% para crescer, para divulgar as novidades que constantemente são lançadas no mercado, combater a concorrência (Walmart, eBay, Best Buy e outros). Dessa forma, promove seu posicionamento, sua cultura, seu storytelling e, principalmente, a a ser lembrada pelos consumidores!
Você já parou para pensar que as pessoas não dão importância para uma marca a não ser que precisem dela? É a mais pura realidade, pois a lembrança do consumidor é frágil. Somente na hora que o cliente tem uma necessidade é que ele vai buscar pela empresa que está mais forte na sua cabeça, unindo memórias afetivas, repertório, comportamento coletivo associado à prova social, sentimento de pertencimento e auto realização. Se a marca não se faz presente na jornada de vida das pessoas, em múltiplos pontos de contato, ela se tornará irrelevante ou será esquecida pelo consumidor.
Por isso, investir em publicidade e cercar o consumidor da melhor forma possível é, sim, uma taxa, um imposto ou um pedágio fundamental para que a marca seja lembrada no exato momento em que o cliente está disposto a pagar. O grande desafio é se aproximar de forma contínua, mostrar-se relevante com consistência e se conectar com as pessoas de forma emotiva. Afinal, "só é lembrado quem é visto".
Maicon Dias é CEO da Agência Gampi.