O Grupo RBS foi responsável por iniciar e encerrar a programação do 25º Congresso Gaúcho de Rádio e Televisão, promovido pela Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (Agert). Nesta quinta-feira, 24, a última atração do evento foi conduzida pela vice-presidente de Produto e Operações do conglomerado de mídia, Andiara Petterle, que falou sobre 'No ritmo da transformação digital'.

Antes de iniciar o tema da sua explanação, que contou com números, slides de gráficos e detalhes dos processos, a palestrante enfatizou que, para começar qualquer planejamento de transformação digital, as marcas precisam entender a jornada do consumidor. "Ou seja, qual é a primeira tela dele no dia? É o celular? E a segunda, qual é? Em que momento o rádio entra na rotina dele?", indagou Andiara.

Segundo ela, foram esses questionamentos que deram os primeiros insights à empresa para entender qual o momento ideal de entregar o conteúdo certo para ao seu público. Ao compreender esse sistema de consumo de informação, especialmente no ambiente digital, foi que conseguiram se aproximar do produto GZH, projeto que completou dois anos neste mês.

Andiara aprofundou o cenário quando explicou a diferença de dois produtos essenciais à organização: o impresso e o digital. Conforme detalhou, no ambiente online, são cerca de 400 conteúdos diários publicados, pois a web nos permite isso e os leitores podem ar apenas aquilo que lhes interessa. Já no print (impresso), o perfil é diferente: "Ao começar pela capa e terminar na contracapa, o leitor tem a sensação de ter feito uma jornada completa de notícias e de que consumiu tudo aquilo que precisava. E aí é que entra a importância da curadoria do Jornalismo", destacou.

Quando falou nas duas plataformas, a vice-presidente citou a integração das redações, processo este que foi liderado pela diretora de Jornalismo de Rádio e Jornais da empresa, Marta Gleich. Conforme ela, não foi algo simples, pois cada veículo tem uma dinâmica muito peculiar. Apesar disso, considera que conseguiram chegar em uma fórmula na qual essa união faz todo sentido. "A rádio ganhou um fôlego mais vibrante e conseguimos proporcionar duas coisas muito relevantes: a instantaneidade e a profundidade, pois não adianta chegar antes e não ter qualidade ou valor", ponderou, ressaltando, ainda, outros sentimentos que surgiram da integração: pertencimento, proximidade e credibilidade.

Que estar no celular muda a vida de uma marca, pois o futuro está na palma da mão, não é novidade, segundo a palestrante. E, para demonstrar essa relevância, ela contou que a RBS tem 2% de cancelamentos de digital, mas quando se trata de aplicativo, cai para 1% apenas. "E quem trabalha com s sabe que cancelamento baixo é mais importante do que contratações altas", assegurou.

Andiara itiu que citou o case de mobile para dar ao público um teaser. Ela antecipou que, nos próximos dias, o Grupo RBS lançará o que está chamando de 'superapp'. "Esta informação é em primeira mão", salientou. Com o novo produto - ainda estão previstas outras duas versões do aplicativo para o ano que vem -, serão 200 conteúdos exclusivos para a modalidade.

Antes de encerrar, Andiara ainda citou a Atlântida, que é a principal rádio de entretenimento do grupo. "Ela é a nossa marca jovem hoje e tem uma presença digital extremamente importante. Ou seja, o que a Gaúcha consegue fazer com notícia, a Atlântida faz no entretenimento". A vice-presidente também ressaltou que, com a emissora FM, eles podem perceber o potencial que o crossmedia permite, além de uma grande gama de produtos que surgem a partir dele.

A cobertura de Coletiva.net tem o apoio da TV Record e Rádio Viva - veículo da RSCOM -, com realização da Agert. Ao longo dos três dias, as jornalistas Gabriela Boesel, Márcia Christofoli e Patrícia Lapuente produzem conteúdo em tempo real sobre as palestras e demais movimentações, bem como relatam os bastidores do Congresso. Além do portal, são abastecidas as redes sociais com fotos, vídeos e transmissões ao vivo.