Implementação do 5G no Brasil é tema de palestra no Congresso da Agert

Assunto foi tratato por Gunnar Bedicks, pesquisador de Radiodifusão e Televisão e diretor de Tecnologia da Seja Digital

Gunnar Bedicks - Divulgação/Coletiva.net

A chegada da tecnologia 5G no Brasil foi abordada na palestra ministrada pelo pesquisador e diretor de Tecnologia da Seja Digital, Gunnar Bedicks, na tarde desta quinta-feira, 24, no Congresso da Agert. Em sua apresentação, ele relembrou o processo de implementação do 4G no País, que se iniciou em 2014. Segundo informou, este processo, do ponto de vista das obrigações legais, já está concluído, visto que o edital previa desligar o sinal analógico, liberar a faixa de 700MHz e medir intereferências entre as frequências.

Em 2018, lembrou, foi definido o cronograma para desligar o sinal analógico, o que ocorreu em 1.379 cidades, representando 25% dos municípios brasileiros. Os outros 75% ficaram para 2023. Dentre os objetivos alcançados, esteve a distribuição de kits para famílias de baixa renda, o remanejamento de 1.034 canais de TV e a liberação da faixa do 4G. "Toda a população brasileira tem a faixa liberada para implantação de 4G, ou seja, a implantação da tecnologia está concluída no Brasil", afirmou Gunnar.

No entanto, o avanço da tecnologia é muito rápido, ou seja, em 2016, foi instalada a primeira torre de transmissão de 4G em Goiás e, três anos depois, quase 100% do território brasileiro tem a tecnologia. Agora, surge o 5G "Vivemos em uma era de grande volume de dados, que precisam ser armazenados e ar pelas redes. E esse é o desafio do 5G", analisou o pesquisador, que mencionou que a sociedade vive o chamou de 'T ao cubo': Tudo, em todos os lugares e todo tempo. "Vai chegar a hora que os dispositivos deixarão de ser só dispositivos e as máquinas vão falar com as máquinas sem intervenção humana", acredita.

Uma das realidades para a chegada do 5G e, também, uma tendência tecnológica, conforme Gunnar, é a substituição dos roteadores de wifi por pequenas células de tecnologia 5G. Para exemplificar, o palestrante comentou que uma célula pode ser instalada no topo de um semáforo, que enviará aos motoristas a informação de que ficará vermelho. Ou, ainda, quando uma ambulância vai trafegar nas ruas, ela avisa os demais carros para abrirem espaço. "Parece futurista, mas pode acontecer, só que, para isso, há a necessidade de uma rede", avisou.

A cobertura de Coletiva.net tem o apoio da TV Record e Rádio Viva - veículo da RSCOM -, com realização da Agert. Ao longo dos três dias, as jornalistas Gabriela Boesel, Márcia Christofoli e Patrícia Lapuente produzem conteúdo em tempo real sobre as palestras e demais movimentações, bem como relatam os bastidores do Congresso. Além do portal, são abastecidas as redes sociais com fotos, vídeos e transmissões ao vivo.

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